Carcinoma Basocelular ➽ Fotos, Imagens, Vídeos e Tratamento 🌞 🌞 🌞

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O Carcinoma Basocelular (CBC) é o tipo de câncer mais comum em humanos, especialmente na população branca e sua incidência vem aumentando nos últimos anos. Geralmente é um câncer de pele de baixo potencial maligno graças a seu limitado poder de metástase.

Os homens são afetados mais frequentemente do que as mulheres, independentemente da idade. A faixa etária de maior acometimento continua a ser ligeiramente mais baixa do que a de maior incidência do carcinoma espinocelular.

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As pessoas geralmente mais afetadas apresentam:

  • Presença de sardas antes dos 15 anos de idade;
  • Pele clara que tem dificudade de bronzear e queima com facilidade;
  • Olhos azuis;
  • Cabelos loiros ou ruivos.

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Possíveis Causas e Grupos de Risco

Ao que tudo indica, a exposição solar é o fator que tem maior impacto na incidência do Carcinoma Basocelular.

O Basocelular é raro em negros e nos orientais, e sua incidência pode estar diminuída em pessoas com história pregressa de acne.

Confira alguns fatores de risco:

  • História prévia de tratamentos radioterápicos;
  • Puvaterapia;
  • Exposição a substâncias carcinogênicas, como arsênico, compostos organofosfatados e coaltar.
  • Tabagismo – embora não existam evidências indiscutíveis, alguns trabalhos relacionam o tabagismo a Carcinomas Basocelulares com mais de 1cm de diâmetro;
  • Pacientes portadores de AIDS ou que estejam em tratamento com drogas imunossupressoras.
  • Ocorrência familiar de outro câncer de pele;

O risco cumulativo em três anos de um paciente portador de Carcinoma Basocelular vir a ter outro é de 44%, 10 vezes maior do que o da população geral. Isso justifica a necessidade de acompanhamento periódico de pacientes ditos “curados”, depois de tratamentos cirúrgicos para essa enfermidade.

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Características

Na maioria dos casos, o Carcinoma Basocelular comporta-se a princípio como um tumor benigno. Tem crescimento muito lento, em geral demorando alguns meses para crescer até o tamanho de uma ervilha, e não apresentam sintomas. Podem também começar como uma pequena ulceração semelhante à escoriação de uma unha, e que assim permanece por tempo indeterminado até que o próprio paciente comece a notar que a pequena ferida não cicatriza como um ferimento qualquer. Costuma apresentar desde o início, borda ligeiramente elevada, lisa e brilhante, assemelhando-se a uma pérola. Essa borda perolada constitui o sinal clínico mais marcante desse tipo de tumor. Iniciando como pequeno nódulo, pode ulcerar ou escoriar depois de algum tempo, dando origem a uma das formas clínicas mais comuns – a chamada forma nódulo-ulcerativa. São necessários geralmente mais de seis meses (ou até mesmo um ano inteiro) para que esses tumores atinjam o tamanho de 1 cm – Um Carcinoma Basocelular com as características aqui descritas, quando tratado corretamente, cura na quase totalidade dos casos.

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Grosso modo, podemos ordenar os Carcinomas Basocelulares em quatro grandes categorias:

  1. Primários;
  2. Recidivados;
  3. Metastáticos;
  4. ligados a síndromes.

O tumor primário é sempre de melhor prognóstico do que o recidivado ou metastático. Os tumores ligados a alterações de ordem genética devem ser tratados paliativamente, no sentido de se deixar a doença controlada com o menor desgaste terapêutico possível, compatível com o conforto do paciente.

Os Carcinomas Basocelulares podem ser classificados em cinco tipos:

  1. Nódulo-Ulcerativo: é o mais comum, ocorrendo em geral de forma isolada, no pescoço ou na cabeça. O nódulo perolado que posteriormente se ulcera, algumas vezes com telangiectasias visíveis a olho nu, é sua característica mais marcante.
  1. Pigmentado: Diferencia-se do Melanoma e tem evolução semelhante ao nódulo-ulcerativo.
  2. Esclerodermiforme ou Fibrosante: Pior forma prognóstico, pois costuma ter crescimento não aparente, aumentando a possibilidade de recidivas. Na maioria das vezes surge na face, como uma placa lisa, geralmente um pouco deprimida ou plana, como se fosse uma cicatriz de bordas muito mal definidas. A aparente benignidade dessa forma e seu lento crescimento podem dificultar seu diagnóstico e o tratamento mais precoce, o que também piora seu prognóstico.
  3. Superficial: Surgem sobretudo no tronco e não raramente são múltiplos. Avermelhados, descamativos e apenas discretamente infiltrados, e de crescimento muito lento e sem sintomas, podem até ser confundidos com outras dermatoses não tumorais.
  4. Fibroepitelioma: É forma particularmente rara de ocorrência. Localiza-se de preferência na região das costas, pubiana ou coxas. Costuma iniciar como uma placa avermelhada e bem delimitada, depois de algum tempo, começa a crescer no sentido vertical, raramente atingindo mais do que 2 cm. De consistência mole, sua superfície é muitas vezes erosada, a apresentação múltipla geralmente é a regra.

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Tratamento Carcinoma Basocelular

  • Quimioterapia tópica

A aplicação tópica sobre o Carcinoma Basocelular aparentemente controla seu crescimento. Embora possa ser aplicado em lesões superficiais com algum beneficio inicial, pode ocorrer a persistência de ninhos tumorais localizados um pouco mais profundamente na derme, o que resulta em recidiva tardia desses tumores. A facilidade de execução e seus resultados aparentes representam o maior perigo dessa forma de tratamento. Por essas razões, a quimioterapia tópica não é considerada modalidade terapêutica de valor no tratamento do Carcinoma Basocelular. É considerada mais uma medida paliativa, ou em situações nas quais os métodos convencionais mais efetivos fossem incapazes de oferecer solução satisfatória para o caso.

  • Curetagem e eletrocoagulação

É de longe, o método mais utilizado pelos dermatologistas para tratar o Carcinoma Basocelular devido à sua praticidade e ao baixo custo do procedimento, assim como a sua reconhecida eficácia, desde que indicada e corretamente executada por profissional experiente. Esse método com frequência não remove todas as células tumorais, todavia seu baixo índice de recidiva é uma das hipóteses por ser o método preferido. É um método que, do ponto de vista cirúrgico, equivale à exérese simples, uma vez que os dois procedimentos são realizados sob anestesia local. O pós-operatório, porém, é pior do que o da excisão simples. Dependendo da localização e extensão da lesão tratada, o pós-operatório pode trazer muito incômodo para o paciente, que terá que tratar de uma lesão exulcerada por dias. A indicação da curetagem e eletrocoagulação se limita aos tumores primários, com menos de 1cm de diâmetro e que estejam localizados em área anatômica que não comprometa esteticamente locais importantes. como bordas nasais, bordas labiais ou, principalmente, proximidade das pálpebras. Com relação à localização das lesões, existem recomendações para que se evite a utilização desse método nas áreas de alto risco de recidivas (nariz, área paranasal, sulco nasogeniano, orelhas, queixo, área mandibular, perioral e periocular) e nas áreas de médio risco (couro cabeludo, frontal, áreas pré e pós-auricular). O método é contra-indicado em tumores com diâmetro superior a 1 cm, tumores recidivados e em pacientes idosos que necessitem usar anticoagulantes.

  • Exérese cirúrgica

É o método mais utilizado pelos cirurgiões. Tem vantagens e desvantagens em relação aos demais métodos.

Vantagens:

  • Produz melhor material para estudo anatomopatológico (Biópsia de Pele), que poderá ser analisado adequadamente para avaliação das margens cirúrgicas;
  • Com boa técnica cirúrgica, é rápido, simples e possibilita ótimos resultados estéticos, dependendo do tamanho do tumor;
  • Seu pós-operatório é mais rápido em relação aos métodos de destruição tumoral, como a curetagem e eletrocoagulação, e à crioterapia, sem comprometer o cotidiano do paciente, se o tumor for relativamente pequeno;
  • Em comparação com os outros métodos (à exceção da cirurgia micrográfica), trata praticamente todos os tipos de tumores.

Desvantagens:

  • O médico cirurgião deve requerer domínio de uma boa técnica cirúrgica para a obtenção dos melhores resultados;
  • Necessidade de condições materiais e humanas, inerentes aos atos cirúrgicos de maior complexidade;

Porém, desde que os tumores sejam ainda pequenos não muito complicados, e que regras básicas para se efetuar a anestesia local não sejam transgredidas, a maioria das exéreses cirúrgicas podem ser feitas com segurança em consultório ou ambulatório devidamente equipado para a realização de cirurgia dermatológica. As principais indicações para a exérese cirúrgica são tumores bem delimitados, de preferência não recidivados. A idade pode influenciar na indicação desse método. Ele seria mais apropriado para pacientes abaixo dos 60 anos. Mas, desde que a pessoa mais idosa tenha boas qualidade e expectativa de vida, seu emprego pode também ser vantajoso.

Quanto a sua eficácia oferece altos índices de cura. É importante ressaltar que a eficácia da exérese cirúrgica sem controle microscópico de margens também diminui consideravelmente quando o tumor não é mais primário.

  •  Crioterapia

Método extremamente prático e que se adaptou muito bem à rotina do tratamento dermatológico para várias outras dermatoses. O nitrogênio líquido é o mais utilizado. A temperatura de trabalho com o nitrogênio líquido é em tomo de -70°C, mais do que suficiente para causar dano celular. A crioterapia com nitrogênio líquido pode ser bastante eficaz no tratamento dos carcinoma basocelulares. O método. quando bem utilizado, tem eficácia comparável àqueles tradicionalmente indicados no tratamento do Carcinoma Basocelular. Normalmente, recomenda-se de dois a três ciclos de congelamento para o tratamento do Carcinoma Basocelular. A indicação primordial da crioterapia é o tratamento de pacientes idosos, com múltiplos tumores. É também especialmente indicada para portadores de doença coronária isquêmica, portadores de marca-passo e pacientes em uso de anticoagulantes e ácido acetilsalicílico. Tumores predominantemente superficiais também são uma boa indicação para uso do método.

A crioterapia não deve ser indicada para tratamento de pacientes jovens ou mais idosos com boa qualidade e expectativa de vida, principalmente quando se trata de basocelulares de pior prognóstico como os recidivados e esclerodermiformes.

  •  Radioterapia

A eficácia do método é comparável á dos já descritos. Não há diferença significativa nas taxas de recorrência de tumores primários e recidivados utilizando essa técnica, o que não aconteceu com relação à curetagem e eletrocoagulação, e à excisão cirúrgica simples. Isso deve-se possivelmente a margens de segurança mais alargadas utilizadas na radioterapia. Mas, apesar de sua eficácia, esse método tem sido cada vez menos empregado no tratamento do Carcinoma Basocelular. A radioterapia no tratamento do Carcinoma Basocelular ou é capaz de curar o tumor, destruindo-o pela radiação, ou piora a situação com surgimento de uma recidiva de tratamento ainda mais difícil. O tratamento radioterápico pode ser muito falho quando não se tem ideia exata do crescimento tumoral para se delimitar as margens. Seu emprego é contraindicado na síndrome do nevo basocelular, em Carcinomas Basocelular terebrantes que infiltram osso e cartilagem e nos carcinomas basocelulares esclerodermiformes. Tumores nas regiões palpebrais, nasais. labiais e na orelha geralmente apresentam ótimos resultados estéticos e funcionais. Sua indicação deve ser considerada opção alternativa para pacientes idosos com pequena expectativa de vida, portadores de tumores extensos e que fossem incapacitados para o tratamento cirúrgico.

  • Cirurgia micrográfica

É sem dúvida o método mais eficaz no tratamento do Carcinoma Basocelular. Assim, tanto a forma de interpretar os resultados como a forma de comparação entre métodos diferentes de checagem de margens cirúrgicas, tais como a porcentagem de tumores primários operados, o número de recidivas dos tumores recidivados tratados e a porcentagem de tumores de crescimento infiltrativo, podem ser decisivos para se estabelecer o grau de eficácia. A cirurgia micrográfica está indicada principalmente nos tumores recidivados, sobretudo nos casos de mais de uma recidiva. Outras indicações importantes são:

  • Tumores localizados em regiões palpebral, lábios, narinas, conduto auditivo e etc, nos quais poupar alguns milímetros possa ser importante;
  • Tumores com tempo de evolução maior que dois anos;
  • Tamanho maior do que 2 cm;
  • Localização no sulco nasogeniano junto à rima nasal. espaço retroauricular, cauda do supercílio, próximo à carúncula lacrimal.

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IMPORTANTE

Procure o seu dermatologista para diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios.

Em nossa Clínica realizamos a remoção de Carcinoma Basocelular através da excisão cirúrgica principalmente ou curetagem e eletrocoagulação pelo médico dermatologista cirurgião Dr. Caio Humaire. Entre em contato e agende uma consulta médica primeiramente para melhor avaliação do seu caso.

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Bibliografia: Kopke LFF, Schmidt SM. Carcinoma Basocelular. An Bras Dermatol. 2002;77: 249-85.

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Dr. Caio Humaire Dermatologista

Dr. Caio Rosa Humaire Médico Dermatologista CRM-SP 136.244/RQE 35757