O Carcinoma Basocelular (CBC) é o tipo de câncer mais comum em humanos, especialmente na população branca e sua incidência vem aumentando nos últimos anos. Geralmente é um câncer de pele de baixo potencial maligno graças a seu limitado poder de metástase.
Os homens são afetados mais frequentemente do que as mulheres, independentemente da idade. A faixa etária de maior acometimento continua a ser ligeiramente mais baixa do que a de maior incidência do carcinoma espinocelular.
As pessoas geralmente mais afetadas apresentam:
Ao que tudo indica, a exposição solar é o fator que tem maior impacto na incidência do Carcinoma Basocelular.
O Basocelular é raro em negros e nos orientais, e sua incidência pode estar diminuída em pessoas com história pregressa de acne.
Confira alguns fatores de risco:
O risco cumulativo em três anos de um paciente portador de Carcinoma Basocelular vir a ter outro é de 44%, 10 vezes maior do que o da população geral. Isso justifica a necessidade de acompanhamento periódico de pacientes ditos “curados”, depois de tratamentos cirúrgicos para essa enfermidade.
Na maioria dos casos, o Carcinoma Basocelular comporta-se a princípio como um tumor benigno. Tem crescimento muito lento, em geral demorando alguns meses para crescer até o tamanho de uma ervilha, e não apresentam sintomas. Podem também começar como uma pequena ulceração semelhante à escoriação de uma unha, e que assim permanece por tempo indeterminado até que o próprio paciente comece a notar que a pequena ferida não cicatriza como um ferimento qualquer. Costuma apresentar desde o início, borda ligeiramente elevada, lisa e brilhante, assemelhando-se a uma pérola. Essa borda perolada constitui o sinal clínico mais marcante desse tipo de tumor. Iniciando como pequeno nódulo, pode ulcerar ou escoriar depois de algum tempo, dando origem a uma das formas clínicas mais comuns – a chamada forma nódulo-ulcerativa. São necessários geralmente mais de seis meses (ou até mesmo um ano inteiro) para que esses tumores atinjam o tamanho de 1 cm – Um Carcinoma Basocelular com as características aqui descritas, quando tratado corretamente, cura na quase totalidade dos casos.
Grosso modo, podemos ordenar os Carcinomas Basocelulares em quatro grandes categorias:
O tumor primário é sempre de melhor prognóstico do que o recidivado ou metastático. Os tumores ligados a alterações de ordem genética devem ser tratados paliativamente, no sentido de se deixar a doença controlada com o menor desgaste terapêutico possível, compatível com o conforto do paciente.
A aplicação tópica sobre o Carcinoma Basocelular aparentemente controla seu crescimento. Embora possa ser aplicado em lesões superficiais com algum beneficio inicial, pode ocorrer a persistência de ninhos tumorais localizados um pouco mais profundamente na derme, o que resulta em recidiva tardia desses tumores. A facilidade de execução e seus resultados aparentes representam o maior perigo dessa forma de tratamento. Por essas razões, a quimioterapia tópica não é considerada modalidade terapêutica de valor no tratamento do Carcinoma Basocelular. É considerada mais uma medida paliativa, ou em situações nas quais os métodos convencionais mais efetivos fossem incapazes de oferecer solução satisfatória para o caso.
É de longe, o método mais utilizado pelos dermatologistas para tratar o Carcinoma Basocelular devido à sua praticidade e ao baixo custo do procedimento, assim como a sua reconhecida eficácia, desde que indicada e corretamente executada por profissional experiente. Esse método com frequência não remove todas as células tumorais, todavia seu baixo índice de recidiva é uma das hipóteses por ser o método preferido. É um método que, do ponto de vista cirúrgico, equivale à exérese simples, uma vez que os dois procedimentos são realizados sob anestesia local. O pós-operatório, porém, é pior do que o da excisão simples. Dependendo da localização e extensão da lesão tratada, o pós-operatório pode trazer muito incômodo para o paciente, que terá que tratar de uma lesão exulcerada por dias. A indicação da curetagem e eletrocoagulação se limita aos tumores primários, com menos de 1cm de diâmetro e que estejam localizados em área anatômica que não comprometa esteticamente locais importantes. como bordas nasais, bordas labiais ou, principalmente, proximidade das pálpebras. Com relação à localização das lesões, existem recomendações para que se evite a utilização desse método nas áreas de alto risco de recidivas (nariz, área paranasal, sulco nasogeniano, orelhas, queixo, área mandibular, perioral e periocular) e nas áreas de médio risco (couro cabeludo, frontal, áreas pré e pós-auricular). O método é contra-indicado em tumores com diâmetro superior a 1 cm, tumores recidivados e em pacientes idosos que necessitem usar anticoagulantes.
É o método mais utilizado pelos cirurgiões. Tem vantagens e desvantagens em relação aos demais métodos.
Porém, desde que os tumores sejam ainda pequenos não muito complicados, e que regras básicas para se efetuar a anestesia local não sejam transgredidas, a maioria das exéreses cirúrgicas podem ser feitas com segurança em consultório ou ambulatório devidamente equipado para a realização de cirurgia dermatológica. As principais indicações para a exérese cirúrgica são tumores bem delimitados, de preferência não recidivados. A idade pode influenciar na indicação desse método. Ele seria mais apropriado para pacientes abaixo dos 60 anos. Mas, desde que a pessoa mais idosa tenha boas qualidade e expectativa de vida, seu emprego pode também ser vantajoso.
Quanto a sua eficácia oferece altos índices de cura. É importante ressaltar que a eficácia da exérese cirúrgica sem controle microscópico de margens também diminui consideravelmente quando o tumor não é mais primário.
Método extremamente prático e que se adaptou muito bem à rotina do tratamento dermatológico para várias outras dermatoses. O nitrogênio líquido é o mais utilizado. A temperatura de trabalho com o nitrogênio líquido é em tomo de -70°C, mais do que suficiente para causar dano celular. A crioterapia com nitrogênio líquido pode ser bastante eficaz no tratamento dos carcinoma basocelulares. O método. quando bem utilizado, tem eficácia comparável àqueles tradicionalmente indicados no tratamento do Carcinoma Basocelular. Normalmente, recomenda-se de dois a três ciclos de congelamento para o tratamento do Carcinoma Basocelular. A indicação primordial da crioterapia é o tratamento de pacientes idosos, com múltiplos tumores. É também especialmente indicada para portadores de doença coronária isquêmica, portadores de marca-passo e pacientes em uso de anticoagulantes e ácido acetilsalicílico. Tumores predominantemente superficiais também são uma boa indicação para uso do método.
A crioterapia não deve ser indicada para tratamento de pacientes jovens ou mais idosos com boa qualidade e expectativa de vida, principalmente quando se trata de basocelulares de pior prognóstico como os recidivados e esclerodermiformes.
A eficácia do método é comparável á dos já descritos. Não há diferença significativa nas taxas de recorrência de tumores primários e recidivados utilizando essa técnica, o que não aconteceu com relação à curetagem e eletrocoagulação, e à excisão cirúrgica simples. Isso deve-se possivelmente a margens de segurança mais alargadas utilizadas na radioterapia. Mas, apesar de sua eficácia, esse método tem sido cada vez menos empregado no tratamento do Carcinoma Basocelular. A radioterapia no tratamento do Carcinoma Basocelular ou é capaz de curar o tumor, destruindo-o pela radiação, ou piora a situação com surgimento de uma recidiva de tratamento ainda mais difícil. O tratamento radioterápico pode ser muito falho quando não se tem ideia exata do crescimento tumoral para se delimitar as margens. Seu emprego é contraindicado na síndrome do nevo basocelular, em Carcinomas Basocelular terebrantes que infiltram osso e cartilagem e nos carcinomas basocelulares esclerodermiformes. Tumores nas regiões palpebrais, nasais. labiais e na orelha geralmente apresentam ótimos resultados estéticos e funcionais. Sua indicação deve ser considerada opção alternativa para pacientes idosos com pequena expectativa de vida, portadores de tumores extensos e que fossem incapacitados para o tratamento cirúrgico.
É sem dúvida o método mais eficaz no tratamento do Carcinoma Basocelular. Assim, tanto a forma de interpretar os resultados como a forma de comparação entre métodos diferentes de checagem de margens cirúrgicas, tais como a porcentagem de tumores primários operados, o número de recidivas dos tumores recidivados tratados e a porcentagem de tumores de crescimento infiltrativo, podem ser decisivos para se estabelecer o grau de eficácia. A cirurgia micrográfica está indicada principalmente nos tumores recidivados, sobretudo nos casos de mais de uma recidiva. Outras indicações importantes são:
IMPORTANTE
Procure o seu dermatologista para diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios.
Em nossa Clínica realizamos a remoção de Carcinoma Basocelular através da excisão cirúrgica principalmente ou curetagem e eletrocoagulação pelo médico dermatologista cirurgião Dr. Caio Humaire. Entre em contato e agende uma consulta médica primeiramente para melhor avaliação do seu caso.