Disidrose e erupções disidrosiformes são caracterizadas pela ocorrência de lesões vesiculares (bolinhas) “secas” nas extremidades dos membros, que levam a escamação e geralmente são de caráter crônico e recidivante. A causa das disidroses ainda não esta totalmente estabelecida, dificultando sua terapêutica.
A disidrose predomina na faixa dos 20 aos 40 anos de idade, sendo encontrada em 4,8% dos pacientes com menos de 10 anos de idade. Atinge igualmente ambos os sexos e manifesta-se predominantemente em brancos (acima de 80%). É mais comum durante o verão e está, de modo geral, associada a estresse emocional. A disidrose ocorre em pacientes com antecedentes pessoais e/ou familiares.
A disidrose e as erupções disidrosiformes se caracterizam pela formação de vesículas localizadas nas palmas e plantas, de acometimento bilateral e simétrico, especialmente nas porções laterais e dorsais dos dedos das mãos e dos pés. As vesículas rapidamente confluem, por vezes originando grandes bolhas. O conteúdo das vesículas é geralmente incolor, mas eventualmente pode tornar-se purulento (pus). Costuma ocorrer de forma recorrente. Nos estágios de involução predomina a descamação em decorrência do dessecamento das vesículas. Associam-se o prurido e a hiperidrose (excesso de suor). Seus surtos duram aproximadamente três semanas, mas podem prolongar-se. Sua evolução crônica favorece a dermatite de contato alérgica, desencadeada principalmente por medidas terapêuticas não adequadas e por vezes associa-se também a infecção bacteriana.
Como medidas gerais, recomenda-se ao paciente a lavagem cuidadosa das mãos, seguida da aplicação frequente de hidratante. Da mesma forma, deve ser evitado o contato direto com substancias irritantes e materiais de limpeza, estimulando a proteção por meio de luvas de vinil e meias de algodão. O uso de antibióticos está indicado quando houver sinais de infecção secundária.
A indicação de corticosteroides tópicos pode ser indicada, embora algumas vezes o resultado possa ser desapontador. As pomadas são mais eficazes do que os cremes e contém menor quantidade de conservantes do que esses. O uso de imunomoduladores tópicos transformou-se em promissora opção para o tratamento da disidrose.
O estresse pode ser reduzido com técnicas psicológicas de biofeedback, alem de outras técnicas que diminuam o estresse. Nas dermatites das mãos o estilo de vida deve ser modificado. É essencial e as vezes difícil educar os pacientes a evitar irritantes ou “trabalhos úmidos” no lar ou profissionalmente. Observa-se atenção especial à disidrose relacionada à presença do níquel; alguns relatam o papel sistêmico do níquel no agravamento da disidrose, outros citam questionáveis reações de contato ou alergias a testes orais com níquel. As erupções disidrosiformes de origem micótica melhoram com antimicoticos.
IMPORTANTE:
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