Micose trata-se de uma das doenças mais comuns da dermatologia causadas por uma infecção fúngica, assim, nada tem a ver com outras infecções que são provocadas por bactérias ou vírus.
Os fungos estão em toda parte podendo ser encontrados no solo e em animais. Até mesmo na nossa pele existem fungos convivendo conosco, sem causar doenças. Clinicamente esse tipo de doença pode aparecer em: pele, cabelo, micose na unha, micose no pé, micose na virilha e mucosas.
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Podem ser usadas medicações locais ou medicações por via oral, dependendo da intensidade do quadro. O tratamento das micoses é sempre prolongado, variando de cerca de 30 a 60 dias, siga sempre a orientação do seu médico. O tratamento vai depender do tipo de micose e deve ser determinado por um médico. Evite usar medicamentos indicados por outras pessoas.
A tinea inguinal (ou tinea crural), micose (IMPINGE) que atinge a região da virilha, é causada pelo crescimento, nesta região, de fungos do gênero dermatófitos ou pela levedura Candida albicans. A anatomia da virilha favorece o crescimento destes microorganismos, devido à escuridão, calor e umidade características desta área do corpo. Durante o verão, com o aumento do suor ou o uso de roupas de banho molhadas durante muito tempo, a umidade local aumenta ainda mais, o que torna este tipo de micose mais frequente nesta época do ano. A micose na virilha é confundida com alergia ao tecido elástico das roupas de baixo ou de banho. Na verdade, o uso de tecidos sintéticos favorece o crescimento da micose (IMPINGE) por dificultar a evaporação do suor. A doença se manifesta pela formação de manchas avermelhadas, úmidas ou descamativas, geralmente acompanhadas de muita coceira. Atingem a região da virilha, mas podem se alastrar até as nádegas e o abdômen.
Para evitar a tinea inguinal (IMPINGE) dá-se preferência ao uso de roupas frescas, principalmente nos meses mais quentes do ano. Use roupas de baixo de algodão, evitando as de tecido sintético, e evite ficar com roupas de banho molhadas por muito tempo. O tratamento da micose pode ser feito com medicamentos de uso tópico ou via oral, o que vai depender da extensão da doença. Procure um DERMATOLOGISTA aos primeiros sintomas sem usar nenhuma medicação, pois elas podem mascarar o aspecto da doença, dificultando o diagnóstico correto e a indicação do medicamento mais apropriado para cada caso.
A onicomicose (IMPINGE) é uma infecção que atinge as unhas, causada por fungos. As fontes de infecção podem ser o solo, animais, outras pessoas ou alicates e tesouras contaminados. As unhas mais comumente afetadas são as dos pés, pois o ambiente úmido, escuro e aquecido, encontrado dentro dos sapatos e tênis, favorece o seu crescimento. Além disso, a queratina, substância que forma as unhas, é o “alimento” dos fungos. A principal forma de transmissão da Micose de Unhas é através do uso compartilhado de Lixas de unha. Recomenda-se evitar o uso comum de objetos como lixas, biquínis e peças íntimas, por exemplo. Não se deve compartilhar objetos pessoais. Os fungos resistem no ambiente por muito tempo e, se a pessoa tiver micose e você usar algo dela, pode se contaminar.
Formas de contágio:
Existem métodos rápidos, eficazes e seguros para o tratamento de micose (IMPINGE). Mas, apesar de ser um tratamento simples, exige persistência e paciência, porque é um processo demorado. Além disso, as aparências enganam muito nestes casos. As vezes, o paciente interrompe o tratamento e acha que já está curado porque a região afetada parece recuperada, mas, na verdade, ainda não se alcançou a cura total e o tratamento tem que começar novamente. Os medicamentos utilizados para o tratamento podem ser de uso local, sob a forma de cremes, soluções ou esmaltes. Casos mais avançados podem necessitar tratamento via oral, sob a forma de comprimidos. Os sinais de melhora demoram a aparecer, pois dependem do crescimento da unha, que é muito lento. As unhas dos pés podem levar cerca de 12 meses para se renovar totalmente e o tratamento deve ser mantido durante todo este tempo.
Para se obter sucesso no tratamento, o fungo deve ser totalmente eliminado da unha e, para que isto ocorra, a unha doente deve ser totalmente substituída pela uma unha nova. Este processo é realizado através da tecnologia de fototerapia para o tratamento local de infecções por fungos e bactérias, e é desta maneira que o laser Nd:YAG, novidade nesta área, age. O procedimento é simples. O laser atravessa a lâmina da unha e atinge o seu leito resultando num aquecimento do material fúngico. A exposição do fungo a altas temperaturas inibe o seu crescimento e causa dano e morte celular. Neste método de tratamento não há contato da ponteira do equipamento com a unha ou a pele, o que resulta num procedimento limpo, simples e de acordo com as normas sanitárias. Além disso, o laser proporciona o rejuvenescimento das unhas, pois melhora a microcirculação do leito ungueal, ou seja, a circulação sanguínea, o que favorece um melhor crescimento da unhas, além de dar aspecto saudável.
São causadas por três diferentes tipos de fungos, que se alimentam da queratina da pele. A contaminação por estes fungos pode ocorrer em praias, piscinas, vestiários, chuveiros, no solo ou em qualquer local onde o fungo esteja presente e possa entrar em contato com a pele.
Altas temperaturas e umidade, pele com pequenos ferimentos ou arranhões, excesso de suor, uso de meias finas de material sintético e de calçados fechados, agressividade do fungo, susceptibilidade da pessoa ao fungo. As micoses das mãos e dos pés são muito frequentes e podem causar uma série de complicações, como: infecções secundárias por bactérias e vírus que aproveitam a destruição da camada superficial para invadir a pele; feridas abertas com saída de secreções, dor e incômodo devido à coçadura crônica; feridas graves em pacientes diabéticos.
O tratamento das micoses deve ser feito pelo dermatologista, que é o médico especializado no estudo da pele e suas doenças. A micose dos pés ou das mãos que não for corretamente diagnosticada não será tratada adequadamente e isto poderá levar muitos problemas ao paciente. Para o tratamento das micoses são utilizados antifúngicos de aplicação local em cremes, pomadas, soluções ou loções, e/ou antimicóticos sistêmicos (via oral ou intravenosa). A escolha do veículo tópico mais adequado vai depender dos aspectos clínicos da lesão, e a escolha de qual antifúngico usar dependerá das características clínicas da lesão, das características do fungo e do paciente. Estas medicações podem afetar órgãos como o fígado e os rins, alterar o colesterol, causar efeitos colaterais gástricos, dores de cabeça e interagir com outras drogas, diminuindo ou aumentando o efeito destas. Logo, é muito importante que uma boa história clínica e alguns exames de sangue sejam solicitados antes e durante o uso dos antimicóticos.
A Tinea capitis é a infecção fúngica mais comum na idade pediátrica. Trata-se de uma infecção fúngica superficial (também denominada dermatofitose) do couro cabeludo, sobrancelhas e pestanas que atinge principalmente a haste capilar e os folículos, causada por fungos do genero Trichophyton e Microsporum. Afeta principalmente crianças em idade escolar (3-7 anos), sendo rara nos adultos. A transmissão faz-se através do contacto com animais infectados, solo e de pessoa para pessoa. Tanto as crianças como os adultos podem ser portadores assintomáticos. Os fungos podem sobreviver em meios externos, como chapéus, pentes, almofadas e lençóis, por longos períodos de tempo, sendo o seu período de incubação desconhecido.
A apresentação clínica da micose do couro cabeludo varia desde uma dermatose descamativa não inflamatória, semelhante à dermatite seborreica, à uma doença inflamatória com lesões eritematosas e descamativas com alopecia (queda de cabelo), podendo progredir para lesões que quando acentuadas, promovem a expulsão dos pelos parasitados e na sua resolução ficam cicatrizes que originam uma alopecia definitiva. Nas formas agudas é comum haver febre, linfonodos aumentados e, eventualmente, aparecimento de erupção secundária.
O tratamento é feito essencialmente através de medicações orais antifúngicas, dado que os medicamentos tópicos não são capazes de penetrarem adequadamente no folículo e haste capilar. O uso de shampoos, reduz a frequência de culturas positivas. Pode ser útil o uso de medicações tópicas queratolíticas que promovem a remoção do estrato córneo, local principal de infecção fúngica nas micoses superficiais. Deve ser sempre alertada a necessidade de evitar a partilha de objetos pessoais como pentes, escovas, chapéus, toalhas, roupas ou almofadas. As pessoas que tiverem contato com a pessoa infectada devem fazer o tratamento com shampoos antifúngicos para reduzir o estado de portador assintomático e evitar a propagação da doença.
Confira matéria sobre Micose no Programa Questão de Pele da Sociedade Brasileira de Dermatologia:
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