Pediculose é uma doença que afeta o couro cabeludo, conhecida popularmente como Piolho. O parasita – piolho – se alimenta do sangue humano e se concentra na maioria das vezes no couro cabeludo causando coceira intensa. Acomete na maioria meninas em idade escolar e também mulheres adultas.
No Brasil a pediculose atinge cerca de 30% das crianças em fase escolar. Basicamente o homem é parasitado por 03 tipos de piolho:
1. Piolho da Cabeça: Pediculus humanus capitis;
2. Piolho do Corpo: Pediculus humanus corporis;
3. Piolho da Região Pubiana: Phthirus púbis, vulgarmente conhecido como muquirana ou “chato”.
A pediculose é uma doença muito comum na infância, causada por Pediculus humanus capitis, um ectoparasita que desenvolve todo o seu ciclo de vida no ser humano, alimentando-se de sangue. Frequentemente observam-se lesões provocadas por coceira no couro cabeludo e que podem produzir complicações, como infecções bacterianas, micoses e em casos mais graves, miases.
O piolho é um inseto hematófago (que se alimenta de sangue) e por isso acarreta sérios problemas de saúde para o ser humano. Seu ciclo de vida se completa em 30 dias, podendo viver de 01 a 03 meses. Dados da literatura afirmam que o piolho pode sobreviver até 03 dias sem se alimentar, a fêmea pode colocar até 300 ovos durante sua vida, com média de 7 a 10 ovos diários, dependendo das condições de temperatura, umidade e pH de seu hospedeiro, dentre outros fatores. Esses ovos (lêndeas) são presos por uma substância acinzentada e desta forma garante assim a fixação nos hospedeiros. Os ovos são menores que 1,0 mm de diâmetro, e podem eclodir em torno de 10 dias, originando as ninfas que se tornam adultas em aproximadamente 10 dias.
Outro aspecto que pode ser levado em consideração para a diferença entre as espécies é o local da parasitemia. O P. h. capitis parasita o couro cabeludo e a fêmea faz postura no fio de cabelo, enquanto o P. h. corporis parasita o corpo, e a fêmea faz postura na dobra das roupas.
Qualquer pessoa independente da classe social, sexo, raça, credo ou cor pode ser infestada por piolhos. Isso se deve a fácil e rápida transmissão entre pessoas, pois é devido ao contato com pessoas infestadas que ocorre a transmissão, ou seja, compartilhando os mesmos objetos, tais como: boné, escovas, roupas, presilhas, etc., o que é bastante comum em crianças na fase escolar. Logo, é onde encontramos as maiores taxas de prevalência e incidência da pediculose, sendo que as meninas apresentam um percentual de significância maior quando comparadas aos meninos.
O primeiro sinal de infestação é uma intensa coceira no couro cabeludo, principalmente na região atrás da orelha e na nuca. Isso se deve a reação das enzimas anticoagulantes e anestésico que o piolho injeta no local da picada, desta forma o seu hospedeiro não sente dor e o sangue não coagula no abdome do inseto. Devido a essa coceira o hospedeiro acaba abrindo feridas no couro cabeludo, o que é porta de entrada para infecções oportunistas bacterianas, levando a um quadro de impetigo.
A pediculose também pode levar a um quadro anêmico, devido à alta hematofagia feita pelos piolhos, ou até mesmos a quadros de miíases, infestações provocada pela presença de larvas de moscas no local da picada. Vários medicamentos são disponíveis no mercado para a pediculose, dentre eles destacam-se o uso de produtos a base de organofosforados e piretróides.
Medida Caseira
A população tem usado qualquer medida para acabar com o piolho, como exemplo, pode-se verificar o uso de produtos extremamente tóxicos, como neocid, querosene, gasolina, etc… Considerados como inseticidas não convencionais, pois podem levar o indivíduo ao óbito. Algumas alternativas de baixo custo vêm fazendo com que a população encontre medidas alternativas para o combate a pediculose, como receitas caseiras que são utilizadas para tentar eliminar essa praga. Dentre elas observa-se o uso de vinagre, água salgada ou xampus feitos a base de ervas vulgarmente conhecidas como Boldo (Plectrantus barbatus), Melão de São Caetano (Momordica charantia L) e Arruda (Ruta graveolens). Embora extremamente promissor pouco ou nada se sabe sobre o real efeito dessas plantas no combate ao piolho, além de dados puramente empíricos, ou seja, relatos da própria população sobre a eficácia dos mesmos. Como medida educacional é ainda indiscutível o uso de pente fino para o combate a pediculose, medida que é milenar, pois retira-se os adultos (machos e fêmeas), ninfas e às vezes algumas lêndeas. Talvez daí possa explicar a existência de um pente fino em quase todas as embalagens de produtos feitos para combater o piolho.
Confira mais detalhes sobre a Pediculose e o Piolho no post do Dr. Caio Rosa Humaire em nosso BLOG: https://clinicahumaire.wordpress.com/2016/06/27/pediculose-ou-piolho-e-agora-o-que-fazer/
Confira mais detalhes da Pediculose e do parasita Piolho neste vídeo da Universidade Federal do Norte Fluminense (UENF):
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