A Pitiríase Rósea é uma doença de pele autolimitada (que melhora espontaneamente após um certo período) e caracteriza-se por lesões em placa, de forma arredondada ou ovalada, avermelhadas e escamativas, distribuídas no tronco e em extremidades.
A hipótese infecciosa para a pitiríase rósea, possivelmente viral, é considerada por muitos autores a mais plausível. Igualmente admissível é a hipótese de causa multifatorial, induzida fatores infecciosos ou não infecciosos (drogas), tendo como suporte a susceptibilidade genética e provável auto-imunidade. A pitiríase rósea não apresenta predileção racial e tem distribuição universal.
A doença acomete ambos os sexos, demonstra discreta predominância no sexo feminino. Normalmente, tem incidência sazonal, com algumas variações, dependendo da situação geográfica ou climática do país. No Brasil, a pitiríase rósea tem maior incidência nos meses do outono, primavera e inverno e estima-se que atinja por volta de 0,39% da população. Atinge todas as idades, no entanto é mais observada em crianças e adultos jovens, entre 10 e 35 anos. Raramente afeta crianças com menos de 10 anos e adultos idosos.
A pitiríase rósea não é considerada doença transmissível. Recidiva é raramente descrita, ocorrendo em torno de 2,8% dos casos. Pode-se considerar recidiva quando o paciente apresenta outro quadro eruptivo da doença em intervalo maior do que 12 meses após a cura da manifestação anterior. Em intervalos menores são tidos como episódios de reativação.
A pitiríase rósea geralmente é uma doença que não apresenta sintomas no pacientes e em cerca de 80% apresenta quadro clínico típico, tanto das lesões dermatológicas como do curso evolutivo. Aproximadamente 5% dos casos podem apresentar sintomas iniciais tais como cefaléia, dores nas articulações, fraqueza, vômitos, diarréia, amigdalites, faringites e aumento dos linfonodos.
A lesão clínica inicial ou precursora é conhecida por “medalhão” ou placa mãe. Essa lesão ocorre em 50% a 94% dos casos como placa única, solitária, avermelhada e escamativa, de crescimento do centro para as bordas, de forma arredondada ou ovalada, medindo de dois a 10cm de diâmetro. O centro da lesão tem aparência mais clara, e a borda externa é mais rósea e exibe delicada descamação das bordas e escamas finas. A lesão da placa mãe geralmente precede em média sete a 14 dias o aparecimento das lesões secundárias. A placa mãe habitualmente é mais observada na região anterior do tórax, podendo, em ordem decrescente, ocorrer em outros locais tais como pescoço, dorso, abdômen e raiz dos membros.
Coceira é sintoma relativamente comum na pitiríase rósea, mas em regra é de pouca intensidade, embora tenha sido descrito como grave em 25% dos casos. Lesões orais podem ocorrer e comumente lembram aftas. As palmas podem ser acometidas em 7% dos casos, e as plantas dos pés em 2%.
Em casos mais graves de pitiríase rósea, têm sido utilizados radiação ultravioleta (UV), corticoide sistêmico e eritromicina oral. Esses esquemas terapêuticos objetivam não só o controle da coceira e a melhora das lesões cutâneas, como também a redução do tempo de evolução da doença.
Confira mais detalhes sobre a Pitiríase Rósea e a Pitiríase Versicolor neste vídeo da Ciências Médicas Hoje:
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